A Polícia Militar de Santa Catarina expulsou oficialmente nesta sexta-feira o soldado Luis Paulo Mota Brentano, acusado de matar em janeiro o surfista Ricardinho dos Santos na Guarda do Embaú, em Palhoça, na Grande Florianópolis. A decisão é final e não cabe mais recurso.

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Apesar da expulsão, Mota seguirá preso no 8º Batalhão de Polícia Militar, em Joinville, onde era lotado. A decisão de manter o agora ex-militar preso no batalhão foi tomada na quinta-feira pelo Tribunal de Justiça do Estado, seguindo orientação do Ministério Público. A defesa de Mota também havia pedido um habeas corpus, que foi negado.

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De acordo com o tenente-coronel Nelson Henrique Coelho, comandante do 8º Batalhão, nada muda por enquanto na situação de Mota:

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– Ele é um preso da Justiça e não da PM. Vamos seguir o que for determinado.

A Polícia Militar já havia decidido pela expulsão de Mota em 17 de julho, mas seguidos recursos da defesa protelaram a decisão para esta sexta-feira, quase dois meses depois.

O crime

Ricardo dos Santos foi atingido por dois tiros na Guarda do Embaú em 19 de janeiro deste ano e morreu no dia seguinte no Hospital Regional de São José. Mota estava em um carro perto da casa do surfista quando houve a discussão, que resultou nos tiros. O agora ex-soldado admitiu ter feito os disparos, mas sempre alegou legítima defesa.