A Polícia Civil de Dionísio Cerqueira já ouviu 40 pessoas nas investigações da operação “Última Hora”, que investiga pagamento indevido de horas extras e fraude em licitação.
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– Nossas suspeitas estão sendo comprovadas – afirmou o delegado Eduardo Mattos. Ele afirmou que deve pedir a prorrogação do prazo para finalizar o inquérito, que encerra no final do mês.
Depois de seis meses de investigação a operação foi deflagrada no dia primeiro de julho, com a prisão temporária de dois secretários e dois funcionários públicos da prefeitura de Dionísio Cerqueira.
Todos suspeitos de integrarem um esquema de pagamento indevido de horas extras que, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, poderia chegar a R$ 6 milhões.
O prefeito Altair Rittes foi afastado do cargo por cinco dias, a pedido do Ministério Público, por suspeita de improbidade administrativa. O objetivo foi evitar que o prefeito pudesse atrapalhar as investigações.
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De acordo com a polícia os valores pagos em horas extras chegariam a R$ 1.570 por mês, o que praticamente dobraria o salário de alguns beneficiados. Há suspeita de que a prática acontecia há pelo menos três anos.
CONTRAPONTO
O prefeito Altair Rittes demonstrou estar indignado com as ascusações e afirmou que o pagamento de horas extras não foi indevido.
– É uma injutiça o que estão fazendo, manchando nossa imagem e a de nossa cidade – declarou.
De cordo com o prefeito o valor pago em seis anos e meio foi de R$ 3,4 milhões, para 130 funcionários, principalmente na área da saúde, que faziam plantão nos finais de semana.
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Ele afirmou que o cálculo de seis horas corridas trabalhadas equivalem a oito com intervalo e isso pode ter gerado interpretação errônea por parte da polícia.
Rittes disse que os quatro funcionários que tinham sido presos e foram liberados receberam férias. Ainda semana ele pretende instaurar um Procedimento Administrativo para avaliar se houve alguma falha.
No entanto o prefeito disse que confia que funcionários não agiram de má fé.
– Vou provar que ninguém pediu um real – afirmou.
Em relação a suspeita de fraudes em licitação o prefeito afirmou que vai averiguar o que foi denunciado.
Rittes também vai sugerir que a Câmara de Vereadores instaurem uma CPI para ouvir os envolvidos.