A polícia da Itália confirmou nesta quinta-feira que Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e condenado a 12 anos de prisão pelo envolvimento no caso do mensalão, está em território italiano e que entrou no país por uma das fronteiras terrestres. Mas, desde então, seu paradeiro é desconhecido.

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A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Polícia. Roma, porém, insiste que Pizzolato é “um homem livre” e que o alerta vermelho emitido pela Interpol não vale como mandado de prisão para um italiano dentro da Itália. “Ele entrou por uma fronteira terrestre, está na Itália. Mas não sabemos onde”, declarou a assessoria de imprensa da Polícia.

Pizzolato foi o único entre os condenados no caso do mensalão a fugir. Pessoas próximas a ele indicaram que ele teria ido ao Paraguai, passado por Buenos Aires e, de lá, embarcado para a Europa, com o destino final sendo a Itália.

Em Roma, o Ministério da Justiça também afirma “desconhecer” o paradeiro de Pizzolato e insiste que, por enquanto, ele é um “homem livre”.

“Trata-se por enquanto de um cidadão normal, livre, e que não existe motivo para que o Ministério da Justiça entre em campo. Só vamos agir quando e se ele for preso. Ele pode estar na Itália, como pode estar em qualquer lugar também da Europa com um passaporte italiano”, informou a assessoria de imprensa do ministério. Esta foi a primeira vez em quase uma semana que o governo da Itália se pronunciou sobre o caso.

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Na quarta-feira, foi revelado que o Ministério do Interior italiano não encontrou registro de Pizzolato em hotéis e tão pouco em aluguéis ou contratos em nome do ex-diretor do Banco do Brasil.

Para a Justiça italiana, Pizzolato apenas será alvo de uma ação caso uma das duas seguintes condições forem cumpridas: a primeira seria o recebimento de um pedido de extradição do Brasil. A segunda seria uma eventual captura por parte da Interpol do ítalo-brasileiro, caso ele de fato esteja na Itália.

“Nesse caso, um tribunal então avaliaria sua condição e então decidiria se ele pode ou não ser extraditado. Tendo isso em mãos, o Ministério da Justiça então faria uma consideração política sobre o caso”, completou o Ministério da Justiça.

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