Fotos de estudantes do Colégio Luterano Concórdia expondo partes do corpo de gatos levaram a 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, a investigar o caso. A polícia irá averiguar se houve maus tratos aos animais envolvidos e se a instituição possui licença para praticar este tipo de experiência.
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Nesta sexta-feira, as imagens dos alunos segurando partes de gatos foram divulgadas no perfil do Facebook de uma das estudantes e viraram alvo de críticas nas redes sociais. Somente nas páginas de duas entidades locais de proteção aos animais, houve mais de 4 mil compartilhamentos até a noite deste sábado.
As imagens mostram jovens durante uma experiência científica para uma aula prática de biologia opcional a alunos do 3° ano do Ensino Médio. No mesmo dia, a denúncia chegou ao Cartório Especializado de Crimes contra Animais de Canoas. A delegada Sabrina Deffente irá ouvir as partes envolvidas no caso nesta segunda-feira e pretente, em seguida, pedir o fechamento do laboratório da escola:
– É absurda a situação. Não entendo por que fazem isso no colégio se até mesmo em faculdades há métodos alternativos.
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Outro fator levantado pelos investigadores é a origem dos animais utilizados em sala de aula, já que a criação e utilização deles para este tipo de experiência é restrita a instituições de Ensino Superior e da área biomédica.
Instituição nega realizar experiências com animais vivos
A reportagem entrou em contato com a direção do colégio, mas não obteve resposta. Por meio de nota oficial, a Comunidade Evangélica Luterano Cristo, mantenedora da escola, informou que utiliza somente “gatos mortos, vítimas de atropelamento, anteriormente encontrados na rua e armazenados em refrigeração.”
A instituição afirma também que “não realiza experiências ou demonstrações com animais vivos em nenhuma de suas atividades, bem como não pratica vivissecção de animais (dissecação de animais vivos para estudo de anatomia ou fisiologia), práticas essas contrárias aos valores morais e cristãos que são pilares da educação luterana.”
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