O delegado Egídio Maciel Ferrari, da Delegacia de Polícia Civil de Gaspar, começa a atender hoje o pedido do Ministério Público de Santa Catarina de retomar a investigação sobre a morte da menina Pamela Thays Cunha. Segundo documento do MPSC, os investigadores terão que convocar para interrogatório uma testemunha que teria novas informações que ajudariam a solucionar o crime. Eles têm 15 dias para cumprir a determinação do juiz.
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– Iremos cumprir todos os procedimentos que nos foram pedidos. Esperamos encontrar algo que possa ajudar no processo – disse o delegado.
Em alguns casos, segundo Ferrari, informações tardias costumam ajudar. Ele ressaltou ainda que este tipo de situação, de surgir uma testemunha depois de vários anos, não é rara quando se trata de crimes desta natureza, pois muitas vezes, as pessoas não aguentam conviver com o que sabem ou perdem o medo que tinham na época do crime.
Já o pai de Pamela, Lupércio Cunha, não sente o mesmo que o delegado. Ele disse que passou por tanta coisa e nada foi descoberto, que acabou descrente da Justiça e não sabe se é possível encontrar alguma informação que possa mudar a história até agora:
– A esperança é a última que morre, mas é difícil acreditar depois de tudo que passei nestes 10 anos. Mas que seria o melhor presente de Natal das nossas vidas, isso seria.
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Pamela, de nove anos, saiu de casa, em Gaspar, no dia 23 de setembro de 2002 para ir à padaria e não retornou. O corpo foi encontrado em adiantado estado de decomposição, no Morro do Parapente, a cinco quilômetros do Centro, 16 dias depois. Segundo a perícia na época, a causa da morte foi asfixia.
Leia reportagem completa na edição desta quinta-feira do Santa.