A Polícia Civil apura se os dois homens presos na manhã desta quarta-feira (25) em Florianópolis faziam parte de um esquema de tráfico internacional de drogas. De acordo com o delegado Cláudio Monteiro, que coordena as investigações, há indícios de que a dupla produzia e enviava drogas para países da Europa e Oceania.
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A prisão aconteceu em uma casa no bairro Capoeiras, na região continental de Florianópolis. O local era usado como laboratório para a produção de drogas sintéticas, como ecstasy. Ali, segundo a polícia, o grupo preparava malas, que eram levadas para fora do Brasil por outros integrantes do grupo, que ainda não foram detidos.
Com a dupla, a polícia apreendeu ainda cocaína em tabletes, pequenas quantidades de maconha, haxixe e insumos para a produção de ecstasy. Também foram apreendidos três veículos, entre eles, uma caminhonete.
O delegado explica que a dupla produzia apenas o ecstasy no imóvel em Capoeiras. A suspeita é que a cocaína era comprada no Paraguai e revendida a outros país no mesmo esquema de envio por malas de viagem.
Na volta da viagem, as pessoas contratadas para levar o ecstasy e a cocaína traziam da Europa um componente chamado MDMA, usado para a produção de drogas sintéticas. Os produtos eram embalados a vácuo e em plásticos metalizados, para dificultar a fiscalização. Um caderno encontrado com o grupo apontava valores recebidos de possíveis transações na Europa.
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De acordo com o delegado Cláudio Monteiro, um dos suspeitos presos já tinha passagem pelo crime de tráfico de drogas. Ele acredita que o grupo atua há bastante tempo no ramo.
— A gente sabe que é um grupo que já atuava. Um dos que foram presos já tem passagem por essa mesma modalidade criminosa. Então, eles já agem nessa modalidade há algum tempo — diz Monteiro.
Monteiro diz que o inquérito deverá ser concluído em 30 dias. Se for configurado o crime de tráfico internacional, o caso poderá ser repassado à Polícia Federal, que dará andamento às investigações.