A Polícia Civil de Salete, no Alto Vale do Itajaí, investiga um parto que resultou na morte de um recém-nascido no dia 25 de maio no Hospital e Maternidade Santa Terezinha. De acordo com a acusação da família, o trabalho de parto foi realizado sem acompanhamento médico, apenas sob a supervisão de uma enfermeira. O menino que iria se chamar Gabriel foi submetido a procedimentos de reanimação, que foram insuficientes para salvá-lo. O hospital afastou a enfermeira e abriu uma sindicância interna para investigar o caso.
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A mãe que perdeu o bebê, Diana Alves, 22, explica que o prazo dado pelo seu médico para o parto era até o dia 18 de maio. No entanto, afirma ter sido orientada pela enfermeira a aguardar mais alguns dias em casa. No dia 25 de maio, já com cólicas, procurou o hospital por volta das 15h.
– A enfermeira fez o exame, mas não informou que a bolsa tinha estourado, nem disse que eu tinha dilatação. Disse apenas que o bebê nasceria até as 22h – conta a mulher.
Por volta das 22h, Diana foi levada para uma sala, local onde as enfermeiras teriam começado a estimulá-la para o parto. Por volta das 23h30min o bebê nasceu sem vida e não foi possível reanimá-lo.
– Em nenhum momento um médico foi chamado para supervisionar o meu parto. Quando o bebê nasceu, não chorou – lembra a mãe.
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Funcionária foi afastada e hospital investiga o caso
A família contratou um advogado e pretende discutir o caso na Justiça. O procurador do Hospital e Maternidade Santa Terezinha de Salete, Elisione Michels, explicou que a funcionária foi afastada e uma sindicância interna foi aberta para apurar as circunstâncias do fato.
Por enquanto, o hospital aguarda a conclusão do exame do Instituto Médico Legal (IML), que deve esclarecer se a morte do bebê foi natural ou ocorreu devido a negligência profissional. Todos os funcionários do hospital envolvidos no caso também serão ouvidos. Além disso, a instituição também acompanha o desenrolar da investigação da Polícia Civil.