O delegado Joigler Paduano, do 1º Distrito de Caxias do Sul, responsável pelas investigações dos incidentes ocorridos no domingo, durante e após o jogo Inter e Juventude, falou na tarde desta segunda-feira ao programa Gaúcha Repórter sobre as investigações.

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Segundo Paduano, um conhecido de Géferson da Silva Machado – torcedor gremista morto na explosão de uma bomba caseira, que também feriu o policial militar Cleomar Vargas – depôs à polícia na noite de domingo e disse que Geférson conhecia Alexsandro Verli Vieira (baleado próximo ao local da morte de Machado). Segundo o depoimento do jovem na manhã do dia da partida, ele ouviu Géferson falar para Alexsandro que estava de posse de artefatos explosivos e que queria jogá-los contra os torcedores do Internacional.

No entanto, Alexsandro Verli Vieira negou em seu depoimento conhecer Géferson. A polícia continua investigando os disparos contra Alexsandro, que também é torcedor do Grêmio. De acordo com Vieira, os disparos que o atingiram vieram de um carro que passou a seu lado. Para o delegado, essa versão é muito estranha. Paduano disse que o local onde o torcedor foi ferido é muito próximo à área onde houve a explosão e, naquele momento, vários policiais estavam na zona e teriam percebido o tiroteio.

O delegado esclareceu os acontecimentos após o jogo. Segundo ele, terminada a partida, a torcida organizada Mancha Verde, do Juventude, começou a promover um arrastão pela cidade em direção ao Centro. Neste arrastão foram promovidos pequenos furtos. Uma das vítimas, Anderson Livi, de 16 anos, acabou levando uma tijolada na cabeça e sofreu traumatismo craniano. As testemunhas que estavam próximas ao local viram o objeto vindo do ar e atingindo o rapaz.

Durante o arrastão, a Brigada Militar abordou alguns jovens no centro de Caixas. Entre os jovens, estava Géferson Machado. O policial Cleomar Vargas estava procedendo a revista quando a bomba que Geférson portava explodiu. Vargas teve a mão decepada. Outros policiais que estavam junto também ficaram feridos, mas passam bem.

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O delegado afirmou que alguns depoentes disseram que, durante a partida, houve também duas explosões, uma no primeiro tempo e outra no segundo. E segundo os mesmos depoimentos, o próprio Géferson, que estava com três bombas caseiras, jogou os artefatos no estádio.

Anderson Livi está internado no Hospital Pompéia, e seu estado continua grave. Joigler disse que está difícil descobrir quem atirou o tijolo que feriu o rapaz. Já o policial Cleomar Vargas passa bem.