A polícia gaúcha investiga uma denúncia de execução de cachorros no hospital veterinário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas, na Região Metropolitana. A reportagem exibida no Jornal Nacional e produzida por Rosane Marchetti e Giovani Grizotti mostrou gravações de 2008, feitas por funcionário da limpeza que participaram dos crimes. A polícia não sabe esclarecer a motivação dos atos, já que os cães estariam todos saudáveis e alguns seriam filhotes.

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À reportagem, o ex-funcionário João Cláudio Arce da Silva confirmou que participou dos crimes realizados com injeções letais e apontou a então vice-diretora do hospital veterinário Carla Koeche como mandante. Ela nega.

Silva fez imagens de uma ligação em que estaria falando com Carla e é orientado a se certificar “que ele tenha morrido bem”, no sentido de verificar se o cão realmente havia morrido.

Além de João Claudio e Carla, a polícia também indiciou Norma Rodrigues, então diretora do curso de veterinária, Carlos Petrucci, ex-professor da faculdade, e Eneias Winck, ex-funcionário da limpeza. Todos devem responder por formação de quadrilha. Por maus tratos, eles não podem ser julgados já que o crime prescreveu.

A Ulbra informou que denunciou os crimes ao Ministério Público e ao Conselho de Veterinária ao saber do caso. Segundo a delegada Sabrina Deffente, as execuções não teriam uma justificativa plausível e devem ter ocorrido porque o número de animais na instituição era grande e fazia muito barulho.

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