O caso de um bilhete enviado a uma menina de 13 anos em Palhoça, na Grande Florianópolis, será investigado pela Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso do município. O papel com a anotação foi enviado para a adolescente por um homem, de 36 anos, e um inquérito foi aberto para apurar a situação.
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Segundo a delegada Gisele de Faria Gerônimo, o caso aconteceu em 31 de outubro, e a qualificação da ocorrência ainda será apurada pela polícia. O inquérito policial tem prazo legal de até 30 dias para verificar os fatos.
De acordo com o relato da mãe da menina ao Portal Catarinas, que publicou o caso em primeira mão, o adulto teria usado um menino para perguntar à vítima o nome e a idade dela. Depois, enviou um papel com anotações por meio da mesma criança. O bilhete dizia “Pode chamar! Te achei linda…”, com um número de telefone anotado e corações desenhados.
A adolescente teria buscado ajuda de um funcionário do condomínio após receber o pedaço de papel e perceber que o homem a observava. O vigilante verificou quem era o suspeito e buscou a responsável pela menina para relatar o ocorrido.
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Ainda segundo a versão da mãe, ela decidiu conversar com o homem antes de registrar um boletim de ocorrência contra ele. Ao ser confrontado, o suspeito teria assumido que enviou o bilhete para a menina e tentado justificar que achava que ela era maior de idade. Então, a mulher teria agredido o suposto assediador, chamou a polícia e os envolvidos no caso foram para a delegacia de plantão.
No entanto, em um primeiro momento, a ocorrência policial registra que a mãe da adolescente agrediu o homem fisicamente, e não que ele teria assediado uma menor de idade. Ao portal, a responsável relatou que foi tratada como autora do crime e que o suspeito de assediar a filha foi considerado vítima, por conta da denúncia de “vias de fato”, com base em atos violentos contra alguém.
Outro problema teria sido o desamparo à adolescente. A mãe alegou que uma agente da delegacia avaliou que a menina poderia ser confundida por uma mulher maior de 18 anos na frente da vítima e sua família. Além disso, os envolvidos na situação ficaram muito próximos na delegacia, o que teria deixado a adolescente “apavorada”. A situação gerou uma reclamação para a Corregedoria da Polícia Civil, de acordo com Catarinas.
A delegada responsável pelo caso informou que a mãe da menina e a adolescente já foram ouvidas. O homem de 36 anos também deve ser ouvido pelos investigadores.
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