Cinquenta policiais militares entraram nesta terça-feira na sede, em Buenos Aires, da operadora de TV Cablevisión, do grupo Clarín, o maior do setor de multimídia argentino, para apurar uma denúncia de concorrência desleal apresentada por Vila-Manzano, titular do Supercanal, também de televisão a cabo.

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A decisão foi tomada pela Justiça da província de Mendoza, que designou um interventor para atuar na operadora. Segundo informações repassados por oficiais, “o interventor terá um prazo de 60 dias para analisar toda a documentação” e elaborar um relatório para o juiz de Mendoza, depois da denúncia do grupo de multimídia Vila-Manzano.

A operação é “considerada sem precedentes, inscrevendo-se dentro de uma campanha sistemática de perseguição que o governo argentino realiza contra as empresas do Grupo Clarín”, informou o Cablevisión, em comunicado.

O fato acontece em um momento em que o Senado se prepara para votar uma lei polêmica que declara de interesse público o papel de jornal, que tem como único fabricante a Papel Prensa, controlada pelo Clarín (49% das ações) e La Nación (22,49%), os dois maiores da Argentina, enquanto o Estado possui uma participação de 28,08%.

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