A nora da presidente Michelle Bachelet prestou depoimento, nesta segunda-feira, pela terceira vez, dentro da investigação sobre sonegação de impostos e tráfico de influência aberta depois de um negócio mobiliário milionário.

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Natalia Compagnon falou por quase três horas ao promotor Luis Toledo, que investiga o caso. O depoimento foi dado na cidade de Rancagua, cerca de 80 km ao sul de Santiago.

Depois do depoimento, o promotor Toledo entrou com um pedido pela formalização das acusações contra a nora de Bachelet no final deste mês, pela compra e venda de 44 hectares por parte da empresa Caval, da qual ela é dona de 50%. Nela, trabalhou junto com o marido, o primogênito de Bachelet, Sebastián Dávalos.

A audiência de formalização das acusações está marcada para 29 de janeiro. Nove pessoas serão denunciadas, entre elas Mauricio Valero, sócio de Natalia na Caval, junto com outros intermediários na venda dos terrenos. A previsão de uma reclassificação do uso dos terrenos significaria um lucro de quase cinco milhões de dólares.

O Serviço de Impostos Internos apresentou uma denúncia contra Natalia Compagnon e contra outras cinco pessoas por crimes fiscais associados à receita na contabilidade de Caval de faturas por serviços não prestados e pelas quais foram sonegados pelo menos 165.000 dólares em impostos.

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O caso foi revelado há quase um ano pela revista “Qué Pasa”. A presidente Bachelet não aparece envolvida, mas o escândalo afetou sua popularidade e a abalou emocionalmente por vários meses.

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