A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios (DH), indiciou quatro pessoas pelo assassinato de Milton César Machado, ocorrido dentro do Presídio Regional de Joinville em 18 de agosto do ano passado. Milton foi preso provisoriamente dois dias antes de ser assassinado. Ele era síndico de um prédio e principal suspeito do homicídio de Wagner Valter Machado, de 38 anos, que era cadeirante e morador do edifício.
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No dia do crime, os policiais foram acionados para iniciar investigação de um suposto suicídio, já que a vítima foi encontrada enforcada dentro do cárcere do presídio de Joinville. Durante as investigações, a polícia apurou que haviam vestígios forjados na cena do crime para simular uma morte por suicídio.
O assassinato de Milton aconteceu durante banho de sol e 91 presos tiveram acesso à vítima. Conforme a DH, o sistema de videomonitoramento da unidade não filmou o local do crime. Com elementos de inteligência e periciais, a polícia reduziu a quantidade de suspeitos para quatro pessoas.
Eles foram interrogados e um confessou crime e apontou a conduta dos demais envolvidos. A investigação ainda apurou que o motivo de morte se relaciona a disputas entre facções criminosas rivais. Os quatro indiciados continuam presos e poderão responder por homicídio.
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Vítima era suspeita de matar cadeirante
Milton era suspeito assassinar um cadeirante, que morava no condomínio onde ele era síndico. O crime aconteceu no dia 2 de junho de 2018 na entrada do residencial. A investigação demonstrou que Milton, na condição de membro da administração do condomínio à época do crime, facilitava a operação de atividades ilícitas no local.
Já Wagner se manifestava publicamente contra a presença de facções criminosas no condomínio e havia levado o caso a órgãos públicos, além de ser contra a gestão do condomínio. Em 30 de abril de 2018, ele havia registrado um boletim de ocorrência por ameaça de morte contra o Milton.