A Polícia Civil indiciou dois professores de uma escola estadual de Blumenau por assédio sexual de uma aluna menor de idade. Segundo a polícia, Martinho Bloemer, 54 anos, e Valdecir Rautenberg, 47, são suspeitos de terem relações com uma aluna de 16 anos de escola da cidade.

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De acordo com o delegado David Sarraff, da Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso, a decisão de indiciá-los foi tomada com base em investigação iniciada em 29 de março, após registro de um boletim de ocorrência.

– Encontramos indícios de assédio sexual, que seria o constrangimento com o fim de favorecimento sexual se prevalecendo do exercício do cargo de professor – afirma o delegado.

Os inquéritos chegaram ao Fórum no fim da tarde de ontem e foram encaminhados para primeira e segunda varas criminais. O delegado abriu um inquérito para cada suspeito. A expectativa é de que nesta sexta-feira eles sejam distribuídos ao Ministério Público.

Promotoria ainda vai avaliar o inquérito

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Segundo Sarraff, o MP irá avaliar as informações coletadas pela investigação e, a partir de então, decidir se apresenta a denúncia ou devolve os inquéritos à Polícia Civil para novas diligências. Como a vítima é menor de idade e o crime é de ordem sexual, os trâmites seguirão em segredo de Justiça.

De acordo com o Código Penal, a punição para o crime de assédio sexual é de um a dois anos de prisão. Por se tratar de pessoa com menos de 18 anos, ela pode ser aumentada em um terço do tempo.

CONTRAPONTOS

Martinho Bloemer

A reportagem entrou em contato com Bloemer pelo celular, mas até as 19h50min de ontem ele não atendeu e nem retornou às ligações.

Valdecir Rautenberg

O professor afirma que o relacionamento entre eles teria começado há cerca de um ano como uma amizade e há cerca de três meses teria evoluído para uma relação afetiva. Ele afirma que tem que pagar pela falha ética e profissional.

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ENTENDA O CASO

Dia 29 de março – A família da estudante procurou a polícia relatando supostos crimes de estupro e lesão corporal que teriam sido praticados por dois professores. A Polícia Civil começou a investigar o caso.

Dia 2 de abril – Os pais da aluna foram à escola para cobrar o afastamento dos profissionais. A situação foi relatada pela direção do colégio em documento remetido à Secretaria de Estado da Educação, que passou a investigar.

Dia 6 de abril – A Secretaria de Estado da Educação publicou as portarias que afastaram preventivamente os dois professores das atividades escolares por 60 dias.

Dia 13 de abril – A Secretaria Municipal de Educação afastou um dos professores que também lecionava na rede municipal, até que a investigação na esfera estadual seja concluída.

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