Três meses após o furto da imagem centenária de nossa Senhora da Lapa, que sumiu da igreja matriz do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis, a Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou o crime ocorrido na madrugada de 30 de agosto deste ano. Um homem de 32 anos foi indiciado por furto qualificado, cuja pena é de dois a oito anos de cadeia, mas aguarda o trâmite do processo em liberdade, já que a polícia não viu elementos para mantê-lo preso.
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Ele é morador da comunidade do sul da Ilha e frequenta a igrejinha histórica do Ribeirão. Em seu interrogatório, quando foi detido, o homem preferiu ficar em silêncio.
A imagem da santa foi encontrada duas semanas depois do furto em um matagal às margens da Rua dos Pinhais, no bairro Tapera, também no sul da Ilha. Na ocasião, um bilhete havia sido deixado junto à imagem de nossa Senhora da Lapa. Ou seja, mesmo antes de ser detido pela polícia, o rapaz que furtou a imagem arrependeu-se do crime.
Segundo o delegado Thiago Costa, exame grafotécnico no bilhete deixado junto à imagem, digitais encontradas na santa e na igreja comprovaram a autoria do furto. As suspeitas sobre o morador do Ribeirão ficaram mais fortes a partir dos depoimentos de testemunhas que indicavam ele como conhecedor do sistema de vigilância da igreja e por estar no local no dia do desaparecimento da imagem.
Após ser encontrada, em 11 de setembro, a imagem da santa foi levada à Fundação Catarinense de Cultura (FCC) para análise e restauro, pois apresentava algumas rachaduras e danos na pintura que não existiam quando do furto.
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A Hora de SC ligou na paróquia Nossa Senhora da Lapa, para saber se a imagem já voltou a ornamentar a igreja, mas ninguém atendeu o telefone.
Relembre o caso
Recuperada no último dia 11 de setembro – quando foi abandonada às margens da rodovia da Tapera -, após ter sido furtada no final de agosto da Igreja Matriz do Ribeirão da Ilha, a imagem de Nossa Senhora da Lapa foi feita no século 18.
O furto ocorreu entre a tarde do dia 29 e o início da noite de 30 de agosto e além da imagem santa, também foram levados o cálice, os cibórios (cálice no qual se colocam as hóstias), bacias e o ostensório da igreja.
Não havia sinais de arrombamento externo e os ladrões saíram por uma das janelas da igreja que ficou aberta. Também levaram o computador que armazenava as imagens do circuito interno da igreja.
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