A polícia holandesa confiscou detritos, incluindo possíveis restos mortais, recolhidos por um jornalista no local da queda em 2014 no leste da Ucrânia do voo MH17 da Malaysia Airlines, anunciou neste domingo a procuradoria.

Continua depois da publicidade

O jornalista independente Michel Spekkers foi recebido pela polícia no sábado no aeroporto de Schiphol em seu retorno de uma visita à Ucrânia durante a qual havia publicado um artigo sobre o que tinha descoberto no local do incidente.

O Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido sobre o leste da Ucrânia em 17 de julho de 2014 e todos as 298 pessoas a bordo, principalmente holandesas, faleceram.

A justiça holandesa havia anunciado em setembro de 2016, após uma investigação, que o avião foi abatido por um míssil fornecido pela Rússia e lançado a partir de uma área controlada pelos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia. Mas não especificou quem disparou o míssil.

A procuradoria informou em um comunicado no domingo que o jornalista havia “se recusado a entregar material fotográfico do local da queda” em sua chegada ao aeroporto, perto de Amsterdã.

Continua depois da publicidade

Ele trouxe de sua expedição “vários sacos contendo partes metálicas e um objeto que poderia ser restos humanos”, que serão “examinados o mais rapidamente possível”, acrescentou o comunicado.

Spekkers afirmou no sábado no Twitter que planejava entregar “voluntariamente” o que encontrou no local, mas que as autoridades confiscaram todo o seu equipamento, incluindo sua câmera, celular e computador.

O jornalista tinha escrito no jornal local Noordhollands Dagblat que decidiu visitar o local da queda do avião durante uma visita a Donetsk, depois de saber que ainda havia detritos.

Ele relatou ter encontrado objetos na neve, incluindo um pedaço de osso, e assegurou que filmou e etiquetou suas descobertas. O jornalista disse que decidiu trazer “um pequeno número” de objetos na esperança de que possam trazer “algumas respostas” sobre o drama.

Continua depois da publicidade

* AFP