Das 13h30min às 15h15min desta sexta-feira, três veículos da Polícia Federal estiveram no sítio vizinho ao sítio Santa Bárbara, onde o ex-presidente Lula passa seus dias de descanso. Ali está construída uma torre de telefone da companhia Oi, que supostamente foi instalada para favorecer os visitantes do sítio de Lula.
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O delegado da PF em Curitiba Eduardo Mauat disse à reportagem que a intenção da visita neste sítio vizinho era a de buscar alguma evidência de que a torre foi construída de forma irregular. No entanto, por ora, nenhuma prova relevante foi encontrada e nenhum objeto foi levado para integrar o material de investigação da Operação Lava-Jato em Curitiba.
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No sítio onde está a torre, eles entrevistaram a caseira Debora Bruna dos Santos Farina e sua irmã, Marcia Farina, responsável pelo terreno. O dono do terreno é um homem conhecido como Fernando, que, segundo Debora, “mora em São Paulo e aparece apenas três ou quatro vezes por ano, só para vistorias no sítio”.
As duas disseram à reportagem que desconhecem as atividades de Fernando, que ele é um homem “fechado”, que não compartilha nada da sua vida com pessoas fora do seu círculo de amizades. Ele tem 60 anos, e não aparece no sítio “há vários meses”. O delegado afirmou, ainda, que, mais cedo, foram apreendidos “muitos documentos e objetos no sítio de Lula”, sem especificar quais, e que esse material fará parte do inquérito da Lava-Jato.
Ele afirmou que o mandado de condução coercitiva do sítio em Atibaia não foi necessário, porque a pessoa que seria levada dessa maneira, o caseiro conhecido como “Maradona”, colaborou com a polícia. Ele está na sede da PF em São Paulo para prestar depoimento.
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O delegado disse, ainda, que o motivo para a PF ter ido ao sítio da torre é a curiosa posição onde ela foi instalada: em uma região baixa, que não oferece cobertura de celular para além das imediações.
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*Estadão Conteúdo