A Polícia Federal (PF) procura quatro pessoas por tráfico internacional de drogas que não foram localizadas na quarta-feira, quando foi desencadeada a Operação Eurotrip, que prendeu 11 pessoas no Estado. Os foragidos são de Florianópolis, Biguaçu, São José e Mato Grosso do Sul.

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Julio Schneider, o Alemão, estaria na Espanha e os policiais federais acionaram o alerta vermelho da Interpol na tentativa de capturá-lo.

Os outros procurados são Thiago Amaral da Costa, o Curió, de Biguaçu, Verlei Alves Vieira Júnior, de Florianópolis e José Odair Patrick Valter, o Dentinho, do Mato Grosso do Sul.

O delegado responsável pela investigação, Caio Pellim, afirma que no total 21 pessoas serão indiciadas no inquérito que deverá ser enviado à Justiça Federal em 15 dias.

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Ele não descarta pedir a prorrogação do prazo pelo mesmo período, pois ainda faltam as análises de mídias e documentação apreendida, além do cruzamento dos interrogatórios.

Os crimes são tráfico (internacional e nacional) e associação para o tráfico, podendo em alguns casos haver responsabilização por bando armado.

A tentativa de homicídio contra policiais militares num tiroteio na Costeira, no dia 24 de abril, cuja situação consta na investigação, serão repassadas à Polícia Civil.

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A intenção da PF é que os responsáveis respondam também por esse crime, em que um policial militar foi baleado no braço.

Investigação sobre bens

A PF informou que está apurando o destino do dinheiro obtido pelos suspeitos com o tráfico internacional.

O delegado disse que há suspeita de que bens como apartamentos e terrenos tenham sido colocados em nomes de familiares ou mesmo laranjas.

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– De todos os investigados apenas um tem emprego, o resto nunca teve ou contribuiu poucas vezes com o INSS. Um dos investigados inclusive diz no áudio que captamos que vivia do tráfico a vida toda – assinalou o delegado.

Por enquanto, nenhum dos presos optou pela delação premiada. Eles negaram envolvimento com o tráfico, confirmando apenas que se conheciam uns aos outros, observou o delegado.

– Eles não falam muito e acreditamos que seja por medo mesmo – declarou Pellim.

O bando preso era especializado na remessa de cocaína (ocultada em malas) do Brasil para a Europa e Austrália, retornando com outras drogas (ecstasy, metanfetamina e skunk), que eram comercializadas em vários estados.

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Jovens de classe média eram recrutados para o transporte da droga com promessa de ganhos expressivos por viagem.

Na quarta, foram presos fornecedores de drogas, chefes do tráfico em morros de Florianópolis (Costeira e Pantanal) e operadores que cuidavam da logística da quadrilha.

PF faz ação contra o tráfico internacional em quatro estados

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Na reportagem Cavalos do Tráfico, publicada em abril, o DC mostrou que integrantes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) partiram para o tráfico de luxo, considerado o filão da moda até mesmo em bairros não elitizados de Florianópolis como a Costeira (sul da Ilha).

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