Representantes da Associação Comercial e Empresarial de Dionísio Cerqueira e Barracão (Ascoagrin) se reuniram ontem para tratar da possível mudança da sede da delegacia da Polícia Federal para São Miguel do Oeste.
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De acordo com o assessor jurídico da Prefeitura de Dionísio Cerqueira e coordenador jurídico da Ascoagrin, Paulo César Gnoatto, há um temor da população local pela insegurança que a medida pode causar, influenciando até o desenvolvimento da região.
O delegado chefe da Polícia Federal em Dionísio Cerqueira, Sandro Bernardi, disse que o estudo sobre a mudança surgiu em virtude de que a atual estrutura, um prédio de 700 metros quadrados, num terreno de mil metros quadrados, tem mais de 40 anos e não tem mais condições de atender a demanda.
Ele lembrou que na quinta-feira foram apreendidos três veículos com descaminho de cigarros e não havia espaço. Além disso a delegacia em São Miguel do Oeste ficaria mais centralizada para atender os 29 municípios do Extremo Oeste, além de ser mais próximo de Paraíso, onde futuramente deve ser instalada uma estrutura na ponte sobre o rio Peperi-Guaçu. Terrenos já foram vistoriados. Em Dionísio Cerqueira permaneceria uma estrutura para imigração.
A Prefeitura de Dionísio Cerqueira chegou a desapropriar uma área de quase dez mil metros quadrados para doar à Polícia Federal. Mas a União não reconhece os títulos de Dionísio Cerqueira pois um decreto presidencial de 1956 entende que as terras foram repassadas ao município com usos específicos que, se fossem descumprids, retornaria à União. Então ela não receberia algo que em tese já seria dela.
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O advogado Paulo Gnoatto, disse que já conseguiu uma medida cautelar na Justiça Federal de São Miguel do Oeste para garantir a titulação do terreno. Ele afirmou que várias entidades apoiam a manutenção e prevê a realização de uma audiência pública para tratar do assunto.