A Polícia Federal investigará a quebra de sigilo de desafetos de Jair Bolsonaro na Receita Federal enquanto ele era presidente da República. Um inquérito deve ser aberto ainda nesta semana, segundo informações exclusivas obtidas pelo g1.

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Em 2019, o chefe de inteligência da Receita, Ricardo Feitosa, acessou e copiou dados fiscais sigilosos de desafetos do ex-presidente, como políticos que haviam rompido com a família Bolsonaro e empresários. De acordo com as informações reveladas pela Folha de S.Paulo, o empresário Paulo Marinho, o ex-ministro Gustavo Bebianno, e o então procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, estão entre os alvos.

Além disso, a Folha também apurou que o corregedor da Receita Federal, João José Tafner, afirmou ter sofrido pressão para poupar Feitosa nas investigações sobre a quebra de sigilo.

Na investigação, Tafner recomendou que Feitosa seja demitido. A decisão final é de responsabilidade do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que deve aceitar a recomendação. 

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Em nota divulgada na quarta (1º), a Receita afirmou que, em 3 de janeiro, recebeu “relato de fatos e eventos que podem, em tese, configurar ilícito a ser devidamente apurado”. Ainda conforme o órgão, o caso foi registrado em ata, que foi enviada à Corregedoria do Ministério da Fazenda.

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