A Polícia Federal investiga um suposto esquema de desvio de medicamentos públicos em troca de votos em Otacílio Costa, na Serra Catarinense. Os remédios, pertencentes à prefeitura e ao hospital local, estariam sendo distribuídos a eleitores por servidores municipais e candidatos.
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Nesta quarta-feira, a PF esteve na cidade e realizou apreensões que podem ser indícios das ilegalidades. A Operação Farmácia Básica foi desencadeada pela Polícia Federal de Lages após uma investigação iniciada há duas semanas com base em uma denúncia.
O caso foi levado a conhecimento da Justiça Eleitoral e, nesta quarta-feira, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Secretaria Municipal da Saúde, na Farmácia Básica e no Hospital Santa Clara.
Os policiais apreenderam documentos, remédios e receitas médicas em branco. Todo o material será periciado e analisado pela PF. Ninguém foi preso, mas algumas pessoas deverão ser intimadas a prestar esclarecimentos nos próximos dias.
Carlos Schnaider, diretor do Hospital Santa Clara, entidade beneficente sem fins lucrativos, teve uma agenda e alguns documentos pessoais apreendidos pela PF. Ele nega, porém, que qualquer medicamento tenha sido desviado da instituição, considera as denúncias como infundadas e, mesmo não sendo candidato a nada, atribui o episódio a desespero da oposição.
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Já o secretário municipal de Saúde, Valderi Pereira Valente, também nega o desvio de medicamentos em troca de votos. Ele garante que a secretaria atende a todo e qualquer cidadão, sem distinção, e promete tomar as devidas providências contra qualquer funcionário da secretaria caso seja comprovada a participação de algum dos seus servidores no suposto esquema.