A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira a Operação Vidas Secas-Sinhá Vitória, que investiga o superfaturamento de obras de engenharia executadas por empresas em dois dos 14 lotes da transposição do Rio São Francisco.
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Quatro diretores das empresas Galvão Engenharia, OAS, Coesa e Barbosa Mello foram presos temporariamente, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Eles são suspeitos de desviar cerca de R$ 200 milhões de verbas públicas.
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Os valores eram destinados à transposição do rio, no trecho que vai do agreste de Pernambuco até a Paraíba. Os contratos investigados, até o momento, são de R$ 680 milhões.
Segundo a PF, algumas empresas ligadas à organização criminosa estariam em nome do doleiro Alberto Youssef e de um lobista de nome ainda não divulgado, investigados na Operação Lava-Jato.
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Estão sendo cumpridos 32 mandados judiciais – 24 de busca e apreensão, quatro de condução coercitiva e quatro de prisão, em Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Brasília. Cerca de 150 policiais federais participam da operação. Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, fraude na execução de contratos e lavagem de dinheiro.
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A PF explicou que o nome da operação, Sinhá Vitória, representa a mulher do sertão, que não se rende à miséria. Uma personagem descrita no livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, como uma mulher forte, que fazia as contas do pagamento recebido do dono da fazenda onde trabalhavam sempre chegando à conclusão de que eram roubados.