A Polícia Federal investiga o motivo que levou a Chapecoense a contratar a empresa aérea LaMia, da Bolívia, proprietária da aeronave que caiu no dia 29 de novembro de 2016, e não viajar em voo comercial para a Colômbia. A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo Jornal Folha de S, Paulo. A apuração é mantida em sigilo. A tragédia com o avião em que estava a equipe do Oeste catarinense deixou 71 mortos, entre jogadores, comissão técnica, dirigentes, convidados e jornalistas. Seis pessoas sobreviveram.Segundo reportagem da Folha, os policiais também querem saber se os clubes brasileiros eram obrigados a contratar uma empresa determinada por entidade superior, no caso a Confederação Sul-Americana (Conmebol). Pelo que foi apurado, isso ocorreria na Argentina. No país vizinho, o jornal diz que uma carta da Conmebol indicando a LaMia para transportes continentais era repassada pela Associação de Futebol Argentino (AFA) aos times locais. A investigação da PF teria começado no início deste ano e tem sido mantida em sigilo. Os quatro brasileiros sobreviventes do acidente, o zagueiro Neto, o lateral Alan Ruschel, o goleiro Jackson Folmann e o jornalista Rafael Henzel, já teriam prestado depoimento em Chapecó. Conforme a Folha, os policiais pediram sigilo a eles. A controladora boliviana Celia Castedo, que autorizou o plano de voo da LaMia, também já teria sido ouvida. De acordo com a Folha, o vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Pallaoro, disse que o clube não foi procurado pela PF e que a LaMia ofereceu o serviço de transporte à equipe. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) é outro órgão brasileiro que investiga as causas da tragédia com o avião que levava o time de Chapecó para a decisão da Copa Sul-Americana. O jogo era contra o Atlético Nacional, em Medellín, na Colômbia. A aeronave deixou São Paulo no dia 28 de novembro com destino a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Lá, o grupo pegou o voo da LaMia para Medellín, mas o avião caiu no Cerro Gordo, em La Unión, já na Colômbia. Os outros dois sobreviventes são bolivianos.Ainda segundo a Folha, a Conmebol foi procurada, mas não teria se manifestado sobre o caso.

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