A Polícia Federal (PF) atuará com forte esquema de segurança para o julgamento de três assaltantes na manhã desta segunda-feira, em Florianópolis, acusados pela morte do policial rodoviário federal Leonardo Valgas, 36 anos.

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A mobilização será para a escolta dos presos e também na Justiça Federal, na Avenida Beira-Mar Norte, onde ocorrerá o tribunal do júri.

A mobilização é para evitar tentativa de resgate, pois os réus, segundo a polícia, são integrantes de quadrilha especializada em grandes roubos e que agia com violência. O grupo é de Londrina (PR). O número de policiais que serão mobilizados não foi divulgado.

Os presos foram recambiados para Florianópolis da Penitenciária Federal de Mossoró (RN), lugar em que ficam os criminosos de alta periculosidade e o recente destino de 40 líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC).

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Serão julgados João Antonio Neto Santana Santos, o Netinho ou Neto, Ricardo Elias Ferreira, o Firmeza, e Paulo Henrique Reis dos Santos, o Topete ou Palmito. Os crimes a que respondem são assassinato, roubo e porte ilegal de arma.

O policial rodoviário foi morto na manhã de 9 de dezembro de 2011, no Bairro Coqueiros. Valgas fazia policiamento com uma motocicleta na Via Expressa quando os três passaram num Palio.

Valgas suspeitou e saiu de moto atrás, em perseguição. O carro em que os bandidos estavam parou na Rua Desembargador Tavares da Cunha Mello e os suspeitos fizeram menção de que se entregariam.

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Em seguida, deram marcha à ré até bater na moto e um deles atirou no policial. Uma câmera de uma casa registrou o crime.

Houve intensa mobilização policial nas horas seguintes – além da morte do policial, na fuga os criminosos renderam motoristas . Os acusados foram presos no mesmo dia em uma casa no bairro Bela Vista, em São José.

A polícia conseguiu filmagem de uma câmera no Bairro Abraão em que mostrava o trio fugindo após a morte, e apreendeu a chave do Palio na casa.

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A PF informou na época que os ladrões foram reconhecidos pelo assalto ao Banco do Brasil, um mês antes, na Praia de Ingleses, e por um roubo numa casa na Pedra Branca, em Palhoça.

A Justiça Federal estima que o júri popular poderá durar até dois dias. A sessão será aberta ao público e começará às 9h com o sorteio dos jurados.

O juiz Rafael Selau Carmona irá presidir o julgamento. Na acusação atuarão os procuradores da República Daniel Ricken e Anderson Lodetti Cunha de Oliveira, além do advogado José Manoel Soar, o Jaraguá, como assistente de acusação. O DC não teve acesso à defesa dos réus.

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Manifestação na frente da Justiça Federal

O Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais em SC fará mobilização na frente da Justiça Federal antes do julgamento.

Os policiais pedem justiça para os acusados. No site da entidade, no domingo, eles afirmavam que estavam proibidos de entrar na sessão com uniforme ou camisetas alusivas.

Leonardo Valgas havia completado seis anos como policial na Polícia Rodoviária Federal um dia antes de ser morto.

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Colegas afirmam que tinha uma carreira de total comprometimento com o trabalho. Era casado, natural de Santarém, no Pará, e morava em Santa Catarina havia mais de 10 anos. Valgas foi oficial temporário do Exército, apaixonado por mergulho e motociclismo.