A Polícia Federal está dando apoio ao Ministério Público Estadual (MPSC) nas investigações da morte do vereador Marcelino Chiarello, ocorrida no dia 28 de novembro do ano passado, em Chapecó.
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A informação foi confirmada, ontem, pelo delegado federal Oscar Biffi. participação dos policiais federais foi decidida pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em despacho publicado no Diário Oficial da União em 18 de abril.
Ele determinou que a PF apure as circunstâncias e causas da morte depois que o MPSC pediu a colaboração. O delegado solicitou os laudos para o Poder Judiciário e, assim que receber a documentação, vai buscar peritos dentro da própria polícia ou de fora para fazer a análise do material.
– Primeiro temos que ter conhecimento do que já existe – explicou.
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Ele afirmou que a atuação da polícia é apenas para auxiliar no MPSC, na tentativa de esclarecer o caso. O inquérito da Polícia Civil apontou que a morte do vereador foi por enforcamento, mas não foi conclusivo se houve homicídio ou suicídio. Por isso, o MPSC instaurou um procedimento de investigação criminal para dar sequência ao trabalho. Jackson Goldoni, um dos três promotores que foram designados para o caso, disse que a intenção é conseguir um apoio técnico da PF.
Ele afirmou que o Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) está auxiliando nos trabalhos. O delegado que conduziu o inquérito, Ronaldo Moretto, disse que a Polícia Civil não pode se pronunciar sobre os desdobramentos do caso, pois já encerrou o trabalho. Mas afirmou que pode auxiliar a promotoria.
Ontem, o juiz da 1a Vara Criminal de Chapecó, Jefferson Zanini, informou que vai buscar apoio do Instituto Médico Legal de São Paulo para que analise as provas do caso. O magistrado justificou o pedido de uma terceira opinião em virtude das contradições entre os laudos do médico-legista de Chapecó, Antonio de Marco, e seus colegas do Instituto Geral de Perícias (IGP) da Capital.
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Para o deputado federal Pedro Uczai, que era amigo do vereador, a inclusão da PF no caso não é o suficiente. Apesar de destacar que confia no MPSC, ele defende a federalização do caso, para que a instituição assuma a condução das investigações