A instalação de câmeras de vigilância na fronteira vai ajudar no combate ao crime mas, segundo o delegado da Polícia Federal de Chapecó, Oscar Biffi, teria menor efeito sobre o contrabando e o tráfico de drogas e armas na área da fronteira.
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– As câmeras ajudam a inibir crimes de área urbana, mas o “grosso” do contrabando e do tráfico usa vias secundárias – explicou.
Biffi diz que os criminosos preferem as estradas de interior, ou “caminhos de roça” fugindo de vias que podem ser pontos de fiscalização. O delegado destaca que a fronteira do Brasil é muito extensa, de 16,8 mil quilômetros, mas avalia que a iniciativa é importante, pois ajuda na apuração de crimes. Para ser eficaz, sugere Biffi, a iniciativa das câmeras deve ser aliada a outras, como equipamentos de raio-X, que podem identificar a presença de drogas ou contrabando, além de instalação de equipamentos nas rodovias que registrem automaticamente as placas dos veículos para averiguação posterior.
Para o inspetor chefe da Receita Federal em Dionísio Cerqueira, Arnaldo Borteze, a instalação de câmeras é uma reivindicação antiga dos órgãos de fiscalização.
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Tecnologia deve ser aliada da investigação
Na cidade, por exemplo é possível passar a pé para o município argentino de Bernardo de Irigoyen, o que é feito por muitos sacoleiros, que transportam produtos sem passar pela aduana. Não há fiscais suficientes para inibir o comércio e nem controlar se tudo está dentro da cota, que é de US$ 300, além de verificar outras irregularidades.
Borteze acredita que o videomonitoramento pode ajudar a identificar veículos com contrabando e permitir apreensões posteriores, em outros pontos de passagem.