A Polícia Federal deflagrou na madrugada desta terça-feira, 25, a 2ª fase da Operação Glasnost, que combate a exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet. Cerca de 350 policiais participam da ação em Santa Catarina e outras 13 unidades da federação. No Estado, são cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Joinville (dois), Sombrio, Blumenau, Biguaçu e Palhoça.

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A operação investiga um site russo que era utilizado como “ponto de encontro” de pedófilos de todo o mundo. Segundo a polícia, foram identificados produtores de pornografia de menores, abusadores sexuais e usuários que armazenavam e compartilhavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e bebês com poucos meses de vidas. Segundo a PF, algumas das imagens eram de menores sendo abusados sexualmente por adultos.

Em SC, documentos e computadores apreendidos nas residências investigadas devem ser encaminhados para Curitiba (PR) – local em que a operação é coordenada. Segundo o delegado federal Luiz Carlos Korff Rosa Filho, em Palhoça, na Grande Florianópolis, e em Joinville, no Norte, policiais foram residências e apreenderam computadores e peças de outros dispositivos eletrônicos.

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Já em Blumenau, no Vale do Itajaí, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão na residência de um investigado, mas não foram encontradas imagens com o suspeito. De acordo com o delegado Thiago Giavarotti, apenas um computador foi apreendido:

— A pessoa não estava com imagens ou vídeos em seu computador na hora da diligência. O computador foi apreendido para realização de perícia.

Em Biguaçu, Sombrio e Joinville os agentes também cumpriram mandados nesta manhã. Não há informações de pessoas detidas em flagrante ou materiais apreendidos nessas regiões.

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No país, a operação também acontece no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe. No total, a PF cumpre 72 mandados de busca e apreensão, três de prisão preventiva e dois de conduções coercitiva. Além disso, durante a ação outras 17 pessoas foram presas em flagrante por portar conteúdos pornográficos.

De acordo com Flávio Augusto Palma Setti, delegado da PF do Paraná que comanda a operação, além de brasileiros, as investigações apontaram suspeitos em outras partes do mundo.

— Não vamos dar o nome de ninguém. Não é uma intenção da polícia divulgar, mas a gente pode dizer que foi uma das maiores operações contra abuso infantil no Brasil. Considerando a primeira e segunda fase, temos mais de uma dezena de mandados e mais de 60 presos — disse.

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Primeira fase aconteceu em 2013

A ação desta manhã é uma sequência da operação Glasnost. Iniciada em 2013, a ação cumpriu 80 mandados de busca e prisão e realizou 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil. Também foram identificados e presos diversos abusadores sexuais e resgatadas vítimas com idades entre cinco e nove anos.

Nome da operação

Batizada de Glasnost, a ação da PF faz referência ao termo da Rússia que significa transparência. Segundo a central de inteligência da polícia, a palavra foi escolhida porque a maior parte dos investigados utilizava servidores russos para a divulgação de imagens de menores na internet e para realizar contatos com outros pedófilos ao redor do mundo.

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