A partir de terça-feira, agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal de Itajaí entram em greve por tempo indeterminado. A paralisação, que ocorre em todo o país, deve afetar o atendimento a estrangeiros, registro e concessão de porte de armas, fiscalização de empresas de segurança privada, emissão de certidões para trabalhar com produtos químicos controlados e principalmente a emissão de passaportes.
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Hoje, em média 60 pessoas são atendidas diariamente apenas na central de emissão de passaportes de Itajaí – e a espera por agendamento chega a dois meses.
Quem tem horário agendado para os próximos dias terá duas opções: aguardar o fim da paralisação ou comprovar que tem urgência na retirada do documento. Neste caso, a situação será avaliada.
O atendimento a maiores de 60 anos e portadores de necessidades especiais não será afetado, de acordo com Rafael Firpo, representante do Sindicato dos Policiais Federais em Santa Catarina (Sinpofesc). A expectativa é que 30% do efetivo siga trabalhando durante a greve, para dar conta desta demanda.
A principal reivindicação dos policiais é a reestruturação da carreira. A categoria alega estar há seis anos sem reajuste salarial, e pede equiparação com outros funcionários públicos federais que também têm exigência de nível superior, além de melhores condições de trabalho. Os grevistas pedem, ainda, mudanças na direção da Polícia Federal.
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Até ontem ainda não havia confirmação sobre a possibilidade de delegados e peritos da PF também paralisarem as atividades. A Delegacia da Polícia Federal em Itajaí atende ao todo 57 municípios do Litoral Centro-Norte, entre Tijucas e Balneário Piçarras, e cidades do Médio e Alto Vale do Itajaí.