A Polícia Federal de Criciúma irá investigar publicações racistas feitas em um grupo de classificados online. As postagens foram feitas no sábado à tarde em uma rede social, e continham fotos de pessoas negras com frases pejorativas e ofensivas. As publicações foram rechaçadas pelos demais usuários e apagadas, e nas horas seguintes o grupo de vendas mudou para o status de anônimo, passando a ser visualizado somente pelos participantes.
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Com mais de 12 mil usuários, o espaço era utilizado normalmente para compra e venda de produtos em Criciúma e região, até receber as publicações de cunho racista de perfis que a polícia acredita serem falsos. Segundo o delegado da Polícia Federal, Nelson Luiz Confortin Napp, os envolvidos devem responder pelo crime de racismo, pois atinge uma coletividade. A polícia fará o rastreio das máquinas de onde partiram as publicações.
— A União, na Constituição Federal, diz que o Estado vai reprimir o racismo, bem como a ação torna-se um crime inafiançável e imprescritível,e há um interesse da união em investigar esses crimes — explica o delegado.
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Antes de a páginas ser ocultada, representantes do Coletivo Chega de Racismo Criciúma salvaram as imagens e links, para ajudar a polícia na investigação. O grupo realizou denúncia na tarde de hoje. De qualquer maneira, por se tratar de racismo, a investigação é iniciada pela Polícia Federal assim o assunto é de conhecimento público. A pena para o crime é reclusão de um a três anos e multa.
— Geralmente a gente chega (aos autores das mensagens), demora um pouquinho, a gente depende dos provedores da internet, mas a gente vai tentar localizar os responsáveis por essas postagens indevidas e criminosas.
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