A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (9) a Operação Perfídia para investigar um esquema fraudulento envolvendo servidores públicos suspeitos de apropriação de R$ 10 milhões em contas bancárias vinculadas a processos em trâmite na 2ª Vara do Trabalho de Criciúma, entre 2010 e 2018.

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As irregularidades apuradas pela operação envolvem desvio e apropriação, através de falsificação de alvarás e ofícios judiciais, de grandes montantes depositados em contas bancárias vinculadas a processos em trâmite, com utilização de pessoas e empresas da organização criminosa para movimentar os recursos.

Houve uma determinação judicial de bloqueio de bens e valores dos investigados, além do afastamento cautelar do exercício do cargo público em relação a um dos investigados.

A operação conta com 38 policiais federais, que cumprem um mandado de prisão preventiva e oito mandados de busca e apreensão nas cidades de Criciúma, Cocal do Sul e Urussanga, no Sul de SC, expedidos pela 1ª Vara Federal de Criciúma.

Pelo inquérito policial, os investigados poderão ser indiciados pela prática dos crimes de peculato e formação de organização criminosa, com penas máximas somadas que podem chegar a 20 anos de prisão.

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Ainda segundo a PF, o nome da operação faz referência ao ato de deslealdade, cujos indícios indicam que teria sido praticado pelos servidores públicos investigados — os funcionários ocupavam cargos de confiança, mas teriam agido com dissimulação e traído a confiança neles depositada.

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