Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na quarta-feira em Itajaí em dois lugares e empresas suspeitas de alojarem trabalhadores em situação de escravidão. Ninguém foi preso nessa primeira etapa e a Polícia Federal segue as investigações para descobrir os chefes do esquema. Um empresário do Ceará – que não teve o nome divulgado pela PF – seria o responsável por aliciar nordestinos para trabalhar no setor pesqueiro da cidade.
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Durante a operação foram recolhidos documentos de pessoas que teriam sido trazidas do Nordeste do país, o que pode indicar à polícia o número exato de trabalhadores que vieram a Itajaí. Em nota, a PF ainda informou que os aliciadores cobravam um valor antecipado, com a justificativa de que seriam utilizados para cobrir custos de passagem e estadia. Nenhum dos trabalhadores tinha carteira de trabalho assinada.
Os responsáveis pelo esquema poderão responder por três diferentes crimes: condição de escravidão, frustração de direitos assegurados por leis trabalhistas e aliciamento de trabalhadores. Se somadas, as penas podem chegar a 13 anos de prisão além de multa. O tempo de reclusão ainda pode ser maior caso alguma das pessoas aliciadas seja menor de 18 anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física ou mental.
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