A Polícia Federal (PF) de Joinville deflagrou na manhã desta quarta-feira (30) uma operação de combate à extração ilegal de areia, que estaria sendo praticada por uma mineradora de Mafra, no Norte catarinense. Na operação foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, um deles em Mafra e o outro em União da Vitória, onde reside um dos investigados. Cerca de dez policiais federais e fiscais do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) participaram da operação.

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Conforme a PF, as investigações começaram em 2015, depois de uma fiscalização feita pelo DNPM, que constatou a irregularidade. Segundo o órgão, a extração da areia ocorria sem a liberação das licenças minerária e ambiental.

A investigação apontou ainda que um laudo pericial elaborado por peritos criminais federais e, que, instrui o inquérito, a extração atingiu uma área de preservação permanente, local em que foram retirados cerca de 97 mil metros cúbicos de areia. Convertido em lucro, a quantia extraída supera o valor de R$ 4 milhões, como aponta a PF.

Como resultado das diligências, os investigados devem responder pelos crimes de usurpação de bem da União e extração ilegal de recursos minerais, as quais as penas isoladas variam de um a cinco anos de prisão.

Durante a operação, ao longo desta quarta-feira (30), foram encontrados outros dois locais clandestinos operados pela mesma empresa, às margens do Rio Negro, divisa entre SC e PR. O primeiro foi encontrado por meio da dragagem do leito do rio. O segundo utiliza propriedade da União para estoque e dragagem de areia no leito do mesmo rio, sem licença ambiental e do DNPM. Segundo o delegado Jorvel Veronese, um dos locais funciona há mais de dez ano, e o outro, há um ano.

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– Não temos como quantificar a área afetada ainda porque é necessário realizar a perícia técnica. Além do mais, como a areia é retirada do fundo do Rio Negro, fica muito difícil mensurar as quantidades movimentadas – completa.

A operação continua em andamento e até o momento ninguém foi preso.