A Polícia Federal confirmou na noite desta terça-feira, por meio de uma nota publicada em seu portal na internet, o vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Uma professora da cidade de Remanso, na Bahia, que participou da aplicação da prova, teve acesso ao título de um texto da redação durante abertura do caderno de provas ampliado cerca de duas horas antes do início do exame.
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Ela e o marido foram indiciados por violação de sigilo funcional. A pena pode chegar a seis anos de prisão.
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Em depoimento, a professora confessou que, depois de folhear rapidamente o caderno, ligou para o marido, repassando o que havia lido: “O Trabalho e Escravidão”. No entanto, este era um título de um texto motivador da redação, já que o tema efetivo da prova era “O Trabalho na Construção da Dignidade Humana”.
Segundo informações divulgadas pela PF, após receber a informação, o marido da professora pesquisou sobre o tema na internet e ligou para o filho, em Petrolina, Pernambuco, contando sobre o vazamento. Ele não teria dito quem passou a informação.
O estudante consultou os professores de redação a respeito de como escrever sobre o tema. Um dos professores procurados pelo candidato levantou a denúncia.
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A Polícia Federal em Juazeiro, na Bahia, ouviu mais de dez pessoas, fez perícias, representou pela quebra do sigilo telefônico dos envolvidos no vazamento e confirmou a versão dada pelos envolvidos, que confessaram o crime. O nome dos indiciados não foi revelado.
A nova prova será em 15 de dezembro.