A Polícia Federal chegou ao local da queda do helicóptero na zona Sul de Joinville por volta das 10 horas desta sexta-feira. A perícia será feita pelo Serviço Regional de Investigação de Acidentes Aéreos (Seripa) e pela Polícia Federal, que ficou responsável pelas investigações pela suspeita de haver um crime de apoderamento ilícito da aeronave.

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Segundo o delegado e chefe da Polícia Federal de Joinville, Alexandre de Andrade Silva, as perícias vão indicar o que de fato aconteceu no helicóptero. A investigação não tem prazo para terminar, mas devem levar meses.

As informações repassadas pela Polícia Federal revelam que o sobrevivente Daniel da Silva, 18 anos, e a vítima ainda não identificada entraram em contato com a Avalon Táxi Aéreo na quarta-feira para saber informações para um serviço de fretamento aeronave. A empresa presta serviços para um parque de diversões de Penha com voos panorâmicos e também realiza fretamentos. O objetivo da dupla l era fazer um voo de aproximadamente 50 minutos saindo de Penha até Joinville, com retorno previsto ao mesmo local de decolagem.

Na quinta-feira, os dois foram até o posto da empresa, que fica no parque de diversões e fizeram o fretamento. Foram pagos R$ 3,100 em dinheiro. Agora vai se apurar o que aconteceu após a decolagem e o que levou a o helicóptero a cair na zona Sul de Joinville.

Segundo a Polícia Federal, o que se sabe é que o piloto Bruno Márcio Franco Aguiar, 56 anos, e Daniel estavam na parte da frente da aeronave, enquanto o auxiliar de voo Bruno Siqueiro e a vítima não identificada estavam atrás.

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Após a queda, foram encontradas duas armas no local do acidente que estaria dentro do helicóptero. Um revólver que ficou completamente queimado e passará por perícia, e uma pistola fabricada no Brasil, que havia sido exportada para órgãos de segurança do Paraguai. A suspeita é de que ela foi extraviada em algum momento e acabou parando na posse de alguém dentro do helicóptero.

O delegado também contou que há informações de que o piloto enviou um código para alertar sobre um possível sequestro. Porém, a Polícia Federal ainda aguarda a confirmação do Cindacta II.

O nome da vítima ainda não identificada não foi revelado, mas já há suspeitas de quem possa ser. O sobrevivente Daniel da Silva é natural de Joinville e tem passagens pela polícia. Ele foi autuado em flagrante em 8 de fevereiro por tráfico de drogas e dano, mas solto em audiência de custódia no dia seguinte.

De acordo com o delegado, ainda não há informações sobre a possibilidade de que os dois suspeitos tentavam ajudar na fuga de algum preso dentro do Complexo Prisional de Joinville. No entanto, essa possibilidade também não está descartada.

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Três pessoas morrem após queda de helicóptero em Joinville