Amigo do presidente Michel Temer, o coronel João Baptista Lima Sobrinho é alvo de mais uma suspeita de envolvimento com propina. A Polícia Federal (PF) encontrou planilhas e extratos bancários no cofre da principal empresa do coronel Lima, a Argeplan, que indicam repasse de R$ 8,5 milhões em esquema de contratos do Porto de Santos. As informações são do jornal O Globo.

Continua depois da publicidade

Segundo a publicação, a planilha trazia a inscrição 17%, de um contrato de R$ 50 milhões, ao lado do nome da J.P. Tecnolimp, empresa pertencente ao grupo Julio Simões e que herdou o contrato assinado com a Codesp, administradora do terminal santista. O documento foi firmado com um consórcio formado pela Transportadora Júlio Simões e a Coletora Pioneira, em 1998, e vigorou por 15 anos.

Ainda em 1998, segundo as investigações, o consórcio fez um acordo de acionistas com a Eliland, braço de uma offshore no Uruguai. Segundo a PF, a Eliland ficaria com cerca de R$ 8,5 milhões a título de dividendos, valor que corresponde justamente aos 17% informados na planilha.

As movimentações financeiras da Eliland eram feitas por Almir Martins Ferreira, contador da Argeplan. Ferreira também foi responsável por contas de campanhas do presidente Michel Temer na década de 1990.

O contador Almir Ferreira e o coronel Lima foram alvos da Operação Skala, autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), em março passado para investigar supostos benefícios do presidente Michel Temer a operadoras portuárias.

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias de Política no Diário Catarinense