A Polícia Federal apreendeu nesta quarta-feira pela manhã cerca de 180 quilos de cocaína e crack em um ônibus da empresa Boqueron, durante operação no terminal rodoviário de Balneário Camboriú. A corporação afirma que neste ano e em 2013 não houve apreensão deste porte.

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O veículo saiu de Assunção, no Paraguai, e seguia em em direção a Florianópolis. A droga estava em sacolas amarradas perto do chassi do ônibus e foram localizadas pelo cão farejador Rick – o único do Estado que pertence a PF e que está há um ano na corporação.

Dois motoristas de nacionalidade paraguaia foram presos suspeitos de tráfico internacional e encaminhados ao Presídio da Canhanduba, em Itajaí. O veículo também foi apreendido.

De acordo com o delegado chefe da Polícia Federal de Itajaí, Luciano Raizer, os passageiros foram entrevistados e liberados. A apreensão resultou de uma rotina de abordagens feitas pela PF, que realiza periodicamente este tipo de revista.

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– Não temos data para fazer essas operações, definimos alguns tipos de linhas, locais e procedência, mas claro que um ônibus de outro país chama a atenção. A procedência da droga é internacional, de qualidade significativa. A perícia vai revelar quantos quilos são de crack e quantos são de cocaína. Provavelmente seria distribuída na região de Florianópolis ou em outros locais do Sul do país, trabalhamos com várias hipóteses – explica.

Ao todo foram apreendidos 176 tabletes da droga, que estavam em balões acomodados dentro das sacolas de viagem presas no ônibus. Sobre a prisão dos dois motoristas, que não tiveram os nomes divulgados pela PF, o delegado afirmou que tudo leva a crer que eles sabiam do transporte ilegal.

– Vamos investigar a participação deles no crime. Em depoimento, nenhum dos dois quis se manifestar. Não foi detectada participação dos passageiros – afirma Raizer.

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A partir de agora a Polícia Federal investiga quem seria o destinatário ou receptadores da droga e também o possível fornecedor. Raizer ressaltou que a região não é uma rota de tráfico, já que as drogas podem entrar no país em diversos locais e de outras maneiras.

Contraponto

A reportagem não conseguiu localizar representantes da empresa Boqueron no Brasil e nem no Paraguai.