A Polícia Federal e a Receita Federal de Joinville apertaram o cerco contra o contrabando de tabaco, essências e equipamentos conhecidos como narguilés, importados irregularmente e revendidos em estabelecimentos comerciais de Joinville, Blumenau e Foz do Iguaçu.
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A Operação Smog foi deflagrada nesta quarta-feira e cumpriu pelo menos nove mandados de busca e apreensão em tabacarias de shoppings e supermercados, em um bar, uma residência e outras tabacarias menores da cidade.
Ao todo, 36 policiais federais e 18 auditores fiscais participaram da operação. A polícia apreendeu um montante de R$ 408 mil em mercadorias nas três cidades. A única prisão e a maior parte da apreensão ocorreram em Joinville, com R$ 330 mil em mercadorias.
O empresário de 32 anos, cujo nome não foi divulgado, foi preso em flagrante por descaminho (fraude ao pagamento de tributo por entrada, saída ou consumo de mercadoria não proibida no País). O crime foi afiançado em R$ 20 mil. Ao longo do inquérito, ele poderá ser responsabilizado também pelo crime de contrabando (importar ou exportar mercadoria proibida). Outras quatro pessoas foram conduzidas até a delegacia para prestar depoimento e liberadas.
– A investigação constatou que essas pessoas (responsáveis pelas tabacarias) não estavam cadastradas no sistema integrado de comércio exterior – destacou o delegado da Receita Federal, Honorino José Gonçalves.
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De acordo com a polícia, os empresários compravam ou traziam os produtos irregularmente do Paraguai e os colocavam para revenda no mercado interno sem nenhum processo de controle ou inspeção sanitária. A loja identificada em Foz do Iguaçu seria a fornecedora das tabacarias de Joinville e Blumenau.
O uso do narguilé pressupõe a utilização de carvão; essência com sabores; tabaco na forma de tablete (com nicotina e todas as substâncias comumente encontradas no cigarro comum), que, segundo a polícia, pode ser aditivado com maconha ou crack; e água, que pode ser substituída por bebidas alcoólicas.
– Além do risco já existente do próprio fumo e levando em consideração que o narguilé tem mais risco que o cigarro, ainda se utiliza um tabaco totalmente desconhecido, proveniente não se sabe de onde – alertou o delegado da Polícia Federal, Oscar Biffi.
As mercadorias ilegais estão sendo apreendidas e contabilizadas pela Receita Federal. Os envolvidos responderão pelo crime de contrabando, cuja pena pode chegar a quatro anos de reclusão.
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