A polícia financeira turca lançou na madrugada desta quinta-feira uma grande operação em Istambul e em outras províncias contra empresas que supostamente teriam financiado o pregador Fethullah Gülen, acusado por Ancara de instigar a tentativa de golpe no país em julho.
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A procuradoria emitiu 187 ordens de detenção nesta operação, a segunda desde o início da semana, especialmente contra conhecidos empresários, indicou a rede de informação CNN-Türk. Cerca de mil policiais participam das operações. As equipes realizaram buscas em uma centena de casas em vários bairros de Istambul.
Uma operação similar na terça-feira, contra empresas próximas ao pregador muçulmano exilado nos Estados Unidos desde 1999, terminou com a detenção provisória de quase 100 pessoas.
O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, declarou na noite de quarta-feira que, dentro do expurgo em massa iniciado na função pública, 40.029 pessoas já foram detidas — das quais, 20.335 indiciadas e encarceradas.
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Mais de 5 mil funcionários foram demitidos e outros 80 mil suspensos após o golpe de Estado frustrado de 15 de julho, acrescentou Yildirim, em uma entrevista à rede pública TRT.