Polícia espera que laudos sobre morte de policial em Joinville possam dar novas pistas

A Polícia Civil espera que os laudos sobre a morte do policial militar Giovane Ferreira, baleado durante um assalto no sábado, no bairro Vila Nova, em Joinville, possam dar novas pistas sobre quem teria disparado o tiro.

No fim da tarde de desta segunda-feira, o delegado responsável pelo caso, Luis Felipe Fuentes, deteve para interrogatório um segundo suspeito do crime, mas como ele não foi reconhecido por testemunhas e tinha álibi, foi liberado.

Segundo Fuentes, o homem foi detido após indicação da PM, que já o conhece pelas passagens por roubo. Na madrugada de domingo, PMs chegaram a deter um adolescente com uma motocicleta furtada no Paranaguamirim. As iniciais da placa eram as mesmas da moto usada pelos assaltantes. O rapaz foi liberado porque não havia provas que o ligassem ao assalto.

Fuentes, agora, aguarda a liberação dos laudos do corpo, do local do crime e das câmeras de monitoramento da padaria, que segundo ele, estavam ligadas no momento do assalto, que devem sair nas próximas semanas.

Na manhã desta segunda, o comandante do 8º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Eduardo Luiz do Valles, disse que o circuito de monitoramento poderia não ter registrado a ação.

– Não havia imagens no computador. É comum encontrarmos situações em que as câmeras são instaladas apenas para intimidar os criminosos.

Segundo o coordenador do Instituto-geral de Perícia (IGP) de Joinville, Rid Garcia dos Santos, na tarde de segunda, o computador, que pode conter as imagens, foi encaminhado para análise do setor de informática.

Outra versão que está sendo investigada é a de que Giovane fazia a vigilância da padaria como um trabalho extra. O comandante Valles diz desconhecer a informação.

– Vamos instaurar um inquérito policial militar para esclarecer questões administrativas.

Nesta segunda-feira, a dona do estabelecimento afirmou que o policial não trabalhava no local. O delegado diz que as circunstâncias da presença do policial no local do crime são importantes para entender a ação dos assaltantes, mas não mudam o foco da investigação.