Um boné sujo de sangue e duas pás encontradas no começo da noite de segunda-feira, na região da Praia da Pinheira, em Palhoça, são as principais pistas da polícia para localizar corpos que possivelmente sejam de três moradores de Florianópolis desaparecidos há seis dias.

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A investigação é coordenada por policiais civis de Palhoça, onde o Astra de um dos desaparecidos foi encontrado no rio Capivari, na quarta-feira passada – nada foi roubado do carro.

O boné foi reconhecido como sendo de um dos sumidos. A princípio, Julio Cesar Thibes, 25 anos, dono do veículo, teria ido à Pinheira com R$ 10 mil para comprar um terreno e desde então não foi mais visto.

Ele estava com Gabriel Moreira das Chagas, 22 anos, e um adolescente de 15 anos, que também estão sumidos. Os três são moradores do Morro do Horácio, na Capital.

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As últimas informações recebidas pela polícia indicam que o caso pode ser bem mais complexo do que a compra do terreno. Isso porque o adolescente seria familiar de um dos líderes do tráfico de drogas em Florianópolis e que em fevereiro foi mandado para prisão federal na época dos atentados.

A polícia investiga várias hipóteses para os desaparecimentos, entre elas a de assassinatos motivados por compra de armas e desentendimentos do tráfico.

O delegado regional de Palhoça, Juarez Medeiros, disse que deverão ser feitas buscas na Pinheira com ajuda de cães farejadores do Corpo de Bombeiros. A área é extensa e o trabalho poderá exigir horas de caminhada.

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Policiais da Divisão de Investigações Criminais (DIC) de Palhoça devem contar com apoio de colegas da Delegacia de Homicídios de Florianópolis.

Investigadores experientes ouvidos pelo DC suspeitam que as mortes – caso sejam confirmadas – estejam ligadas ao tráfico e que poderá haver vingança de grupos rivais.

Um dos sumidos, Julio Cesar Thibes, teve irmão assassinado no Morro do Horácio em 2010. João Cesar Thibes, o Dentinho, 20 anos, morreu numa guerra do tráfico que causou série de mortes naquele ano, conforme a polícia.

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Informações sobre os desaparecidos podem ser dadas ao telefone 181, o disque-denúncia da Polícia Civil ou para o 190, da Polícia Militar.