A polícia prendeu nesta terça-feira no Cairo o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad el-Haddad, indicaram à AFP fontes dos serviços de segurança.
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Haddad, muito presente nas redes sociais e que se expressava regularmente na imprensa, era alvo de um mandato de prisão, como muitos líderes e membros da confraria de Mohamed Mursi, presidente destituído pelo exército no início de julho, informaram as fontes.
Mais cedo, a Justiça egípcia ordenou o congelamento dos bens dos principais dirigentes islamitas do país, principalmente da Irmandade Muçulmana.
Entre as personalidades atingidas pela punição, figuram Mohamed Badie, o Guia Supremo da Irmandade, e seus dois adjuntos, Khairat al-Chater e Rachad al-Bayoumi, atualmente detidos e julgados por incitação à morte de manifestantes anti-Mursi.
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Shater, um rico empresário, é considerado o financista do movimento.
A justiça ordenou bloquear os recursos de 15 dirigentes islamitas, muitos deles de outras grupos, como o salafista Hazem Abu Ismail e o pregador Safwat Higazi, também presos.
As autoridades instaladas pelos militares iniciaram, depois da destituição de Mursi em 3 de julho, uma implacável campanha contra a Irmandade Muçulmana e seus aliados islamitas, com exceção ao partido salafista Al Nur, que se associou à transição.
A repressão alcançou seu auge em 14 de agosto, quando o exército e a polícia destruíram no Cairo dois acampamentos de islamitas que reclamavam a restituição ao poder do primeiro presidente eleito democraticamente no Egito.
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Os confrontos na semana seguinte somaram mais de mil mortos – em sua maioria, simpatizantes de Mursi – e quase mil prisões.