Por telefone ou internet, dois jovens moradores do Sul da Ilha são suspeitos de comercializar grande quantidade de ecstasy em Florianópolis. A dupla foi surpreendida pela polícia e presa com 500 comprimidos em um estacionamento de um supermercado, na Costeira, na segunda-feira à tarde.
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Na manhã desta terça-feira, o delegado Cláudio Monteiro, da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), informou que foram presos em flagrante por tráfico de drogas Paulo Roberto Silveira, o Paulinho, e Douglas da Rosa Alves. Os dois eram investigados por agentes da divisão de repressão a entorpecentes da Deic.
Eles estavam em um Fox abordado pelos agentes por volta das 16h. A polícia apreendeu também R$ 8 mil em dinheiro, micro pontos de LSD e celulares. Segundo Monteiro, os dois eram fornecedores das balas para traficantes que atuam em festas eletrônicas e raves na região. A suspeita é que o ecstasy foi trazido da Holanda.
– A Grande Florianópolis se tornou poloto fornecedor de drogas sintéticas. O consumo também é muito grande – disse o delegado.
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O policial relatou que Paulinho havia sido preso anteriormente com pequena quantidade de ecstasy, na Lagoa da Conceição, quando foi autuado por posse da droga. O DC não teve acesso aos presos nem aos seus advogados. Depois de ouvidos, seriam encaminhados para o sistema prisional.
O ecstasy e o deslumbramento
O polo de drogas sintéticas que o delegado Cláudio Monteiro se refere é em razão da grande quantidade de catarinenses presos nos últimos anos por investigações sobre tráfico internacional de drogas, principalmente da Polícia Federal.
São jovens recrutados pelo tráfico para atuar como mulas, o que não seria o caso dos dois presos em Florianópolis na segunda-feira. Os mulas viajam à Europa levando cocaína e retornam com comprimidos de ecstasy nas bagagens.
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A proliferação desse tipo de crime revela o intenso consumo do ecstasy em Florianópolis e também a ineficiência da fiscalização das bagagens nos aeroportos brasileiros e estrangeiros.
Os envolvidos são deslumbrados com dinheiro fácil, vida de carrões, baladas e mulheres. O glamour acaba com as prisões e os anos que passam na cadeia. Em investigações mais aprofundadas, o cerco aperta tanto que os bens e o patrimônio ilícito do tráfico são confiscados.