A Polícia Militar classificou a ação que fechou a SC-401 em Florianópolis na tarde de segunda-feira (15) como um “atentado”. Segundo a PM, a motivação para o crime foi a morte de um homem no sábado (13) no Morro do Mocotó, região central da cidade. 

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Conforme o comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Dhiogo Cidral, a vítima tinha envolvimento com o tráfico de drogas e foi morta em uma operação policial.

— Teve duas manifestações ontem. Uma manifestação no Morro do Mocotó, em tese pacífica, tentaram fazer o fechamento da via com fogo e a Polícia Militar impediu de pronto e apagou o incêndio ali. […] Agora essa situação lá da SC, aquilo ali a gente pode colocar como um atentado. Um cara sacou uma arma de fogo, disparou para o alto. Podemos colocar que ainda que nós tivéssemos levantado que era um princípio de manifestação, o emprego de arma de fogo ali é automaticamente uma afronta e um atentado ao Estado. Um atentado, na verdade, a sociedade — coloca Cidral.

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O homem de 25 anos teria parentes e amigos no Morro do Caju, área próxima a SC-401. Em resposta à morte, acredita a PM, foram organizados protestos no Mocotó e na rodovia.

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Na SC-401, um grupo de homens armados bloqueou a rodovia com a queima de pneus e outros objetos. O bloqueio aconteceu no sentido da via em direção ao Norte da Ilha, próximo ao bairro Saco Grande. Segundo relatos de pessoas que passavam pelo local, tiros foram disparados para o alto. Com a chegada da polícia, o grupo se dispersou e fugiu em direção a um estabelecimento às margens da rodovia.

Ainda na noite de segunda, a polícia fez buscas na região do Morro do Caju para tentar encontrar a arma utilizada na ação dos criminosos. Durante a operação, um homem foi preso por tráfico de drogas. Não foi informado se ele tinha ligação com o bloqueio da rodovia. O BOPE e o Choque também participaram da diligência.

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De acordo com Dhiogo Cidral, a polícia fará uma série de operações na região na tentativa de coibir o tráfico de drogas. Não foi informado um prazo para o fim das ações no Morro do Caju.

Protestos cada vez mais comuns

Em outubro do ano passado, moradores do Morro do Quilombo fizeram barricadas na região do Itacorubi. O protesto pedia o fim da violência policial na região após a morte de um adolescente de 15 anos. Segundo os moradores, a PM teria entrado atirando na comunidade. A versão da polícia é que houve uma troca de tiros.

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Outro protesto pedindo o fim da violência policial aconteceu em novembro de 2020. Moradores da Costeira fecharam as principais vias do Sul da Ilha após a morte de um adolescente de 12 anos. A polícia usou balas de borracha para dispersar os manifestantes.

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