A gravação de uma ligação feita por Anders Behring Breivik à polícia da Noruega na qual ele admite se render após atirar contra dezenas de pessoas na ilha de Utoya foi liberada. As informações são do jornal The Guardian.

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O áudio é a primeira prova que vem a público capaz de identificar a voz do fundamentalista ultradireitista, o qual matou oito pessoas em ataque a bomba na capital, Oslo, e depois atirou e matou outras 69 em Utoya no dia 22 de julho.

Breivik, de 32 anos, se apresenta no telefonema como “Comandante Anders Breivik, do movimento de resistência anticomunista norueguês”. Ele diz ao atendente da emergência que pretende se entregar, mas acaba desligando o próprio telefone. Após desferir mais tiros, cerca de 20 minutos depois, Anders faz uma segunda ligação:

– Eu completei minha operação… Então que quero… Me render – conta no telefone dizendo ainda que é membro da Ordem dos Cavaleiros Templários.

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O advogado de Breivik, Geir Lippestad, disse à televisão norueguesa TV2, a qual obteve a gravação, que a revelação suscitou questões sobre o estado de saúde mental de seu cliente:

– É difícil de entender por que ele não largou a arma quando pensou que já tinha feito estrago suficiente.

Já o representante das vítimas do massacre, John Christian Elden, afirmou que a gravação pode ser uma lembrança inconveniente a seus clientes.

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– Eles não estão felizes ouvindo aquela voz transmitida ecoando em suas casas. Especialmente aqueles que estavam na ilha e ouviram ele gritar.

Breivik fez a chamada cerca de 50 minutos depois de chegar na ilha de Utoya, onde, disfarçado de policial, abriu fogo em um acampamento da juventude do Partido Trabalhista. O norueguês matou 77 pessoas no total e depois se rendeu à uma equipe da Swat.