Duas crianças foram encontradas em situação de maus-tratos durante uma operação da Polícia Civil em uma fábrica clandestina de palmito em Ascurra, no Médio Vale do Itajaí. No local, os agentes constataram total falta de higiene na preparação das conservas, que eram resfriadas dentro de um banheiro. Três pessoas foram presas em flagrante.
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A operação aconteceu na tarde desta terça-feira (22) no bairro Guaricanas, com apoio da Vigilância Sanitária do município. Na fábrica, o palmito ficava no chão antes de ser preparado. Depois do cozimento feito de maneira improvisada, o resfriamento ocorria em frente ao vaso sanitário ou na chuva, a depender das condições climáticas.
Além da situação totalmente insalubre, os investigados não possuíam qualquer autorização municipal, estadual ou federal para a produção, e tampouco documentos que comprovassem a origem dos produtos. Os palmitos foram considerados impróprios para consumo pela Vigilância Sanitária. Eles eram embalados e vendidos pela região e para uma empresa do ramo.

No mesmo terreno da fábrica os policiais vistoriaram uma casa. Nela, duas crianças de 8 e 12 anos foram encontradas em um ambiente completamente sujo, com restos de comida e roupas espalhados por todos os cantos. O pai delas foi preso por maus-tratos e abandono de incapaz, além do crime contra as relações de consumo por conta da fábrica clandestina. O Conselho Tutelar foi acionado para dar suporte na ocorrência.
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Além do homem, outras duas pessoas que trabalhavam na fábrica foram presas. As identidades não foram reveladas. Todos foram levados à delegacia para esperar o resultado da audiência de custódia.
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