A Polícia Civil cumpriu na manhã desta sexta-feira (18) um mandado judicial de busca e apreensão em uma fábrica localizada no bairro Navegantes, zona norte de Porto Alegre. O local não tem regulamentação da Vigilância Sanitária para produzir sabão em pó da própria marca e, segundo a Polícia Civil, foi comprovado que os responsáveis estavam falsificando o produto da marca Omo. O gerente foi preso em flagrante e o local foi interditado.
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O delegado Rafael Liedtke, da Delegacia do Consumidor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), apreendeu mais de 500 embalagens vazias, 4 mil rótulos da marca Omo e cerca de 100 unidades prontas para venda. A polícia chegou até à fábrica depois de denúncia, investigação e representação na Justiça.
Liedtke diz que havia no local cerca de sete funcionários, que posteriormente serão ouvidos pela polícia, além do gerente. O proprietário da fábrica ainda não foi localizado. A fábrica clandestina produz em média mil litros por dia de sabão líquido, vendendo parte do produto com a própria marca e outra parte como se fosse da marca Omo.
— A fábrica não tem regulamentação da Vigilância para produzir a própria marca e ainda falsifica produtos. Recebemos a informação de que ontem (quinta-feira) foram vendidos dezenas de embalagens em toda a Região Metropolitana — diz Liedtke.
Ao todo, quatro agentes da Decon participaram da ação e foi acionada a Vigilância Sanitária Municipal, que interditou o estabelecimento. O órgão diz que os produtos são impróprios para o uso e não descarta que possam apresentar riscos à saúde humana porque não tem autorização sanitária. São apurados estelionato e crimes contra a relação de consumo e contra a propriedade industrial e de marca. Os nomes dos suspeitos e da fábrica ainda não foram divulgados. GaúchaZH entrou em contato com a Unilever em São Paulo, que representa a OMO, e aguarda retorno sobre posicionamento.
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