O motorista, suspeito do atropelamento de Jhenniffer Gerola, 14 anos, e do pai dela, que é cadeirante, informou em depoimento à Polícia Civil que sofre de distúrbio do sono e teria dormido ao volante no momento do acidente. Segundo o delegado Eduardo Defaveri, responsável pelo inquérito, o condutor foi ouvido nesta semana, após se apresentar a polícia.

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Até a amanhã desta quarta-feira (20), quatro pessoas já haviam prestado depoimento sobre o caso, dentre eles o condutor. De acordo com Defaveri, o homem de 55 anos relatou que apagou momentos antes de atingir a menina e o pai dela. No depoimento à polícia, o condutor disse que acordou momentos depois do atropelamento. Segundo o delegado, o motorista possui curso de direção defensiva.“Ela sempre fazia algo para nos deixar melhor”, diz irmã de menina.

Uma das hipóteses apontada por testemunhas era de que um adolescente, filho do motorista, estaria dirigindo o carro. Entretanto, o delegado já descartou esta possibilidade. Em entrevista à NSC TV, Defaveri apontou que o condutor não tem nenhum filho menor de idade. Além disto, imagens de câmeras de videomonitoramento analisadas pela Polícia Civil mostram que o homem é que estaria guiando o carro.

— Ele apresentou documentos sobre o distúrbio e vai também apresentar os laudos sobre a condição, foi uma fatalidade — informou o delegado.

O motorista não foi preso e irá responder o processo em liberdade. O delegado aguarda conclusão da perícia do carro para concluir o inquérito, que deve ocorrer em até 30 dias. O homem poderá ser indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa – quando não há intenção de matar.

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Relembre o caso

Na manhã de sábado, 16 de fevereiro, pai e filha transitavam pela Estrada Rio do Ferro, no bairro Aventureiro, na Zona Leste da cidade, quando foram atropelados. A menina guiava a cadeira de rodas do pai, eles realizavam a venda de produtos alimentícios e dos artesanatos que ela mesma produzia para arrecadar dinheiro à família.

No dia do acidente, os dois estavam realizando estas entregas quando foram atingidos pelo condutor, que perdeu o controle do veículo. A adolescente e o pai dela foram encaminhados ao hospital após o atropelamento. Jhenniffer não resistiu à gravidade dos ferimentos e morreu algumas horas depois. Já o pai, Edson Luiz Gerolla, segue internado no Hospital Municipal São Jose. O estado de saúde dele é estável.