Uma quadrilha suspeita de praticar exploração sexual no Sul do país foi desarticulada pela Polícia Civil após um ano de investigação. A quadrilha era sediada em Chapecó e atuava também em Florianópolis, Joinville, Blumenau e também algumas cidades do Rio Grande do Sul.

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Um homem de 26 anos é suspeito de chefiar o esquema que aliciava e agenciava garotas para programas sexuais. A Polícia identificou uma menor entre as seis possíveis vítimas, que já foram ouvidas em Chapecó. A Polícia apreendeu dois notebooks, 20 chips de celulares e pen drives da quadrilha. Com isso vai identificar outras vítimas nas demais cidades catarinenses.

De acordo com o delegado Gustavo Altemar, o mentor do esquema garimpava as vítimas nas redes sociais.

– Ele fazia um filtro nas redes sociais de meninas que postavam fotos de festas, baladeiras – explicou.

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Depois ele entrava em contato com propostas de viagens e cirurgias para colocar silicone.

– Aí iniciavam as propostas de programa – disse o delegado.

As vítimas eram transferidas de cidade e acabavam ficando em dívida. Se quisessem sair do esquema, eram intimidadas.

As garotas eram oferecidas no site GP Sexy. Quem atendias as ligações era a namorada do agenciador, de 21 anos. De acordo com a polícia ela acionava as garotas para fazer os programas nos motéis. Cada programa era no valor médio de R$ 200 e o grupo ficava com metade do valor.

O delegado estima que o esquema funcionava há dois anos. A polícia ouviu o suspeito de agenciar as mulheres, que mora em Chapecó, a namorada dele, uma funcionária e o irmão desta, com quem foram encontradas duas armas de fogo, também apreendidas.

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De acordo com o delegado os quatro não foram presos pois os mandados eram apenas para busca e apreensão e todos colaboraram com a investigação, confessando o crime. Mas eles não podem deixar a cidade. O delegado deve indiciar os quatro por exploração sexual, associação para o crime e exploração sexual de menor de idade, que tem penas que, acumuladas, podem chegar a 20 anos de prisão.

A ação contou com o apoio da Divisão de Investigação Criminal da Fronteira, do Serviço Aéreo Policial de Fronteira e do Serviço Aeroespacial (SAER), de Florianópolis.