Crime com diminuição significativa nos últimos anos, mas em evidência após o drama com o empresário aposentado de São João Batista, o sequestro tradicional em que a vítima é levada para cativeiro e os bandidos extorquem os familiares exige alguns cuidados básicos que podem ajudar na prevenção.

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Mesmo sendo difícil evitar ser o alvo dos sequestradores, policiais afirmam que em tempos de redes sociais e internet uma dica é fundamental: evitar qualquer tipo de ostentação, pois isso pode atrair os criminosos.

— As demais formas de prevenção dizem respeito aquelas comuns também para se evitar assaltos — alerta o delegado Anselmo Cruz, da Divisão de Roubos e Antissequestro da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Outro ponto fundamental, por exemplo, ao desconfiar de alguém estranho em um carro parado, o recomendado por policiais é seguir em frente e ligar para a polícia.

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Se for rendido, completa Anselmo, não adianta reagir ou tentar fugir. O importante é tentar manter a calma e tentar ficar tranquilo a fim de aparentar boa relação com o sequestrador.

— Sempre orientamos a acionar a polícia e a não pagar o valor exigido, porque pode acontecer até de o resgate ser pago e a vítima não ser liberada para eles pedirem mais dinheiro ou até de ela já estar morta — acrescenta o delegado.

100% dos casos esclarecidos

Com o desfecho de sucesso do sequestro do empresário aposentado João José Gonçalves, 75 anos, de São João Batista, libertado com vida após 15 dias, a Polícia Civil catarinense mantém a tradição de esclarecer 100% dos casos desse tipo de crime.

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— Estamos conseguindo dar continuidade ao trabalho do delegado Renato Hendges, que durante 30 anos conseguiu sucesso em resolver todos os sequestros no Estado — lembrou o delegado Anselmo ao final da entrevista coletiva desta segunda-feira, na Deic.

Desde fevereiro de 2014, com a aposentadoria de Renato Hendges, o Renatão, a Divisão Antissequestro da Deic é comandada por Anselmo Cruz — Renatão faleceu em abril do ano passado.

Até agora foram pelo menos dois sequestros de repercussão no Estado, tendo a nova equipe obtido sucesso em libertar as vítimas com vida do cativeiro e prender os criminosos.

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O sequestro anterior ao de João Gonçalves havia sido em junho de 2014, em Ilhota, no Vale do Itajaí, quando um menino de nove anos ficou cinco dias em poder de bandidos.