A Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), realiza operação contra o crime organizado em Joinville, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul. Cerca de 60 agentes cumprem 10 mandados de prisão e outros 17 de busca e apreensão, na manhã desta sexta-feira (12).

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A ação aconteceu no bairro Comasa, na zona Leste da cidade, e foi intitulada de Cáfila – que é o coletivo de camelos – já que um dos investigados tem como apelido o nome do animal.

De acordo com o delegado Antônio Joca, da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco), a operação tem como objetivo desarticular uma célula do crime organizado que atua na região Norte de Santa Catarina. As investigações começaram há cerca de dez meses, após a apreensão de um cartão de memória em uma unidade prisional.

— Focamos nos indivíduos que estão soltos atuando nas ruas em prol da facção, comercializando drogas e tentando expandir o seu domínio territorial, tendo em vista que eles comandam vários pontos de tráfico na região – explica o delegado.

Polícia apreendeu materiais relacionados ao tráfico de drogas
Polícia apreendeu materiais relacionados ao tráfico de drogas (Foto: Gabriela Florêncio/Divulgação)

Polícia prende líderes do grupo

No material, havia áudios e conversas que denotavam a atividade do grupo e detalhes de crimes, como roubos, já praticados pela quadrilha. Depois da apreensão do item, a polícia passou a monitorar a facção e verificou a participação ativa de pelos menos dez pessoas no núcleo – sendo que dois deles ocupavam cargos de liderança.

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A investigação demonstrou ainda que o grupo possuía uma divisão hierárquica bem definida, com funções específicas para cada membro.

— Na mídia apreendida no início da investigação ainda há informações sobre o planejamento de execução de desafetos ou de grupos rivais, tudo com o objetivo de dominar e expandir o território do tráfico — afirma.

Durante o cumprimento dos mandados, a Deic encontrou munições, joias, celulares, drogas, anotações referente ao tráfico de drogas e dinheiro. Além disso, um dos suspeitos chegou a colocar fogo em um celular quando a polícia chegou, para eliminar possíveis provas de crimes. Até às 10 horas desta sexta, sete pessoas já haviam sido presas temporariamente – duas também foram autuadas em flagrante.

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